sábado, 23 de abril de 2011

Quando o multiplayer é desnecessário...


Em entrevista à revista britânica Edge, o presidente da Gearbox, Randy Pitchford, fez declarações que incitaram um grande debate entre a comunidade gamer. De acordo com ele, as desenvolvedoras deveriam parar de perder tempo e dinheiro desenvolvendo modos multiplayer desnecessários.
De fato, essa é uma afirmação audaciosa à primeira vista, afinal, o que tornaria as modalidades para mais de um jogador descartáveis? Será que Pitchford está interessado em criar um movimento de orgulho “forever alone”, assim como o personagem da internet que acaba sempre sozinho?

Para entendê-lo melhor, é interessante prestar bem atenção nos argumentos utilizados pelo chefão da Gearbox. De acordo com ele, o principal problema ocorre quando as empresas decidem criar opções para múltiplos jogadores genéricas e nada criativas, acreditando que, desse modo, a vida útil dos games produzidos aumentará, assim como as suas vendas.
Em vez disso, Pitchford acredita que seria uma estratégia mais interessante para as produtoras se estas focassem na proposta principal de seus produtos. Assim, se o principal atrativo de um título é a uma narrativa longa e intrincada, por que criar um modo “mata-mata” sem relação com a história?
Games para a galera x Games para se jogar só
Mas será que o público consumidor de jogos realmente teria a ganhar caso a indústria separasse seus produtos em single e multiplayer? Afinal, embora alguns títulos apresentem modalidades para mais de um jogador desconexas com a sua premissa principal, não dá para negar que esses mesmos modos podem ser divertidos. Do contrário, as salas online esvaziariam tão logo os gamers constatassem a sua precariedade.
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Além disso, existem muitos exemplos de trabalhos que conseguiram bons resultados ao combinar as duas formas de jogo. O próprio Duke Nukem Forever, o próximo lançamento da Gearbox, irá permitir que as pessoas joguem sozinhas ou acompanhadas. Ou seja, até mesmo Pitchford acredita em títulos que apresentem uma variedade de opções para seus jogadores (pressupondo, é claro, que a Gearbox não cometa o mesmo erro que tanto criticou).
O principal apelo de Pitchford então não é simplesmente segregar os jogos em duas modalidades distintas, mas sim esperar que o bom senso dos desenvolvedores os leve a fazer a melhor opção para os títulos que estão desenvolvendo.
Para esquentar ainda mais o debate, o Baixaki Jogos separou alguns games focados tanto no single quanto no multiplayer para avaliar se eles deveriam manter-se dentro de seu gênero ou investir forte para tentar agradar a outros públicos. Acompanhe a seleção e deixe a sua opinião nos comentários.

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